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Aumento das Renováveis em 2017 Segue Crescimento da Demanda Mundial e Atende 1/4 desse Volume

Aumento das Renováveis em 2017 Segue Crescimento da Demanda Mundial e Atende 1/4 desse Volume

Em uma sociedade cada vez mais dependente de tecnologias, não é surpresa constatarmos um aumento na demanda energética mundial a cada novo ano.

Em 2017 a situação não foi diferente e o consumo global de energia subiu 2,1%, mais de que o dobro em 2016.

Felizmente, devido aos esforços dos países, e também dos próprios consumidores, à medida que essa demanda de energia aumenta, cresce também a participação das fontes renováveis, as quais estabeleceram novos recordes em 2017.

De acordo com um relatório inédito da Agência Internacional de Energia (International Energy Agency ou IEA em inglês), intitulado “Global Energy and CO2 Status”,  as renováveis tiveram a maior taxa de crescimento do que qualquer outra fonte de energia em 2017, atendendo a um quarto do aumento na demanda global de energia.

Segundo o estudo, o setor de energia desempenhou o papel mais importante no crescimento da energia de baixo carbono, com a geração por renováveis subindo 6,3% (cerca de 380 Terawatt-hora) em 2017.

A China e os Estados Unidos novamente lideraram essa expansão, contribuindo com 50% do aumento na geração de energia limpa, seguidos pela União Européia (8%), Índia (6%) e Japão (6%).

Entre as fontes construindo para esse futuro limpo, o relatório mostra que a eólica é a de maior destaque, representando por 36% do total do crescimento de renováveis em 2017, seguida pela energia solar fotovoltaica (27%), hídrica (22%) e bioenergia (12%).

Somando as suas novas capacidades instaladas no ano, a China respondeu por 40% desse crescimento da eólica e solar, sendo 50 novos gigawatts somente da tecnologia fotovoltaica. Até o final de 2017, o país já acumulava uma capacidade instalada de 400 GW da solar.

A Agência observa que as adições da China no ano anterior foram equivalentes à capacidade total de energia fotovoltaica da França e da Alemanha juntas, e excedeu as adições somadas das suas capacidades de carvão, gás e nuclear.

Em segundo lugar ficou o dos EUA, com 10 GW de energia solar fotovoltaica adicionado em 2017, uma queda de 30% em relação a 2016, seguida pela Índia, com suas adições recordes de 8 GW, o dobro da capacidade observada em 2016.

A capacidade global de energia eólica, por sua vez, atingiu cerca de 510 GW em 2017, informa o relatório, com a União Européia registrando um ano de alta com novos 15,6 GW de capacidade, dos quais 3,1 GW são em usinas em alto mar, também um recorde.

Entretanto, embora tenha superado os números de 2016, esse crescimento das energias renováveis em 2017 fica aquém da implantação necessária para atender às metas climáticas globais no Cenário de Desenvolvimento Sustentável da IEA.

Pelos números computados no estudo, a intensidade das emissões de carbono em 2017 melhorou em menos de um terço do que seria necessário para cumprir a transição global para as metas climáticas.

De fato, a participação total de combustíveis fósseis na demanda global de energia no ano permaneceu em 81% – um nível estável há maias de três décadas.

Fonte de Informação: PV Magazine