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Energia Solar e outras Renováveis Continuam Crescendo Nos EUA

Energia Solar e outras Renováveis Continuam Crescendo Nos EUA

Com sua longa história e importantes acontecimentos recentes, o mercado de energia solar dos Estados Unidos é um ótimo exemplo de como, mesmo com falta de apoio e incentivos, a energia solar continua crescendo como a opção em projetos de geração distribuída e centralizada.

Os Estados Unidos já foram o maior mercado de energia solar do mundo, liderando a expansão da tecnologia fotovoltaica durante anos, especialmente durante parte do governo do seu ex-presidente, Barack Obama, grande defensor das fontes renováveis.

No entanto, desde que assumiu o comando da Casa Branca, o atual presidente Donald Trump começou a colocar em práticas suas medidas “protecionistas” que afetaram diretamente os mercados de renováveis americanos e acabaram com a reputação verde que o país vinha conquistando.

As primeiras delas foram feitas já em 2017, ano em que tomou posse na presidência, quando assinou a ordem executiva que acabou com os limites de emissões das usinas de combustíveis fósseis, retirou o país dos acordo climático de Paris e, por último, eliminou todas as medidas do Plano de Energia Limpa criado por Obama em seu governo.

Recentemente, em janeiro deste ano, Donald Trump deu outro grande golpe ao setor solar americano, quando impôs tarifação de 30% sobre os módulos importados da China, maior fornecedor do mundo e que respondia por grande parte dos painéis instalado nos EUA.

A Força das Renováveis

Porém, mesmo com todos esses empecilhos, o setor de energia solar americano, como já havia sido previsto, continua crescendo e, junto com a energia eólica, respondeu por quase a totalidade de toda nova capacidade energética instalada no primeiro trimestre deste ano.

Segundo o relatório da Comissão Reguladora de Energia Federal dos EUA, intitulado Energy Infrastructure Update for March 2018 (Infraestrutura Energética Atualizada Março 2018) as novas usinas solares e eólicas que entraram em operação responderam por 94% dessa capacidade.

Ao todo foram 92 projetos solares, com capacidade conjunta de 1.36 gigawatts (GW) e 16 parques eólicos com capacidade conjunta de 1,79 GW.

Enquanto isso, as usinas de gás natural, principal fonte energética dos Estados Unidos hoje, tiveram uma participação mínima nessa conta, respondendo por apenas 79 megawatts (MW) de 6 projetos que entraram em operação.

No entanto, a participação da solar nesse mix é ainda maior, visto que projetos de geração distribuída não foram contabilizados nesse relatório.

E, se levarmos em conta outro relatório do primeiro trimestre de 2018, divulgado pela OhmHome, empresa americana de pesquisa de mercado voltada ao consumidor, as instalações solares residenciais apresentaram um crescimento de 11% em relação ao mesmo período de 2017.

Ao todo foram 72.996 instalações de sistemas fotovoltaicos no período, com os estados da Califórnia e de Massachusetts liderando os números com

A Califórnia, por sinal, o estado mais “solar” dos 50 que compõem os país, estuda um projeto de lei que visa a instalação dos sistemas fotovoltaicos em cada nova casa construída, além de outras tecnologias sustentáveis que irão “anular” as emissões de CO2 necessárias para a sua construção.

Fonte de informação: PV Magazine