Quando o assunto é o potencial nacional para a geração de energia solar, frequentemente costuma-se comparar o Brasil com a Alemanha, país com níveis de radiação bem menores que os das terras tropicais.
Como comparação, a região mais ensolarada da Alemanha recebe um índice de radiação solar 40% menor que o índice da região menos ensolarada do Brasil.
No entanto, o país europeu é um modelo da transição energética em percurso hoje no mundo, tendo evoluído de uma matriz energética predominante poluente para um dos que mais geram energia por fontes de energia renováveis.
A razão disso são as suas políticas direcionadas ao uso de fontes renováveis de energia, apresentando um mercado fortemente estruturado com uma das regulamentações mais rígidas.
Dentre as fontes renováveis, a solar fotovoltaica tem papel de destaque, com uma capacidade instalada de 44,3 gigawatts até o final de julho, e a cada ano bate novos recordes de geração, algo que está preste a acontecer agora em 2018.
Segundo a Associação Solar do país, o total de energia gerada pela luz do sol nesses primeiros nove meses de 2018 foi de cerca de 40 bilhões de quilowatts-hora (kWh).
Essa quantidade já bate a marca gerada em todo o ano de 2017, que foi de 39,9 kWh, somando-se tanto a energia produzida pelas grandes usinas solares como os pequenos sistemas espalhados pelos telhados do país;
No entanto, enquanto a marca é comemorada pela associação, representantes clamam por uma reavaliação de certas políticas que refreiam um maior crescimento da capacidade solar instalada no país.
Entre elas estão a revogação de “encargos injustificados” sobre a produção para autoconsumo dos consumidores e uma maior meta de crescimento subsidiado para os próximos anos.
Com uma capacidade instalada de apenas 1,6 GW até junho deste ano, a lição que fica para o Brasil, entretanto, é a de um país que aposta no seu potencial solar e que já colhe ótimos resultados para a sua população.
Fonte de informação: PV Magazine