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Ilha solar – A Ilha na Samoa Americana movida a energia Solar

Ilha solar – A Ilha na Samoa Americana movida a energia Solar

A pequena ilha de Ta’u no território da Samoa Americana faz sua completa transição energética, de fontes poluentes para renováveis, transformando-se em uma ilha solar graças a micro usina fotovoltaica com armazenamento instalada pela Tesla.

A Samoa Americana, território não incorporado dos Estados Unidos, compreende uma região de pequenas ilhas orientais das ilhas Samoa, na Polinésia, ao sul do oceano pacífico.

Uma delas, a pequena ilha de Ta’u, fez recentemente uma completa transição em sua matriz energética, e passou a ser uma ilha solar, pois conta com toda a sua energia gerada a partir da luz do sol.

Com uma extensão territorial de pouco mais de 44 km² e uma população de menos de 1000 habitantes, o consumo energético de Ta’u era, até então, suprido por geradores a diesel.

Porém essa alternativa, além de prejudicial ao meio ambiente, enfrentava problemas em sua logística, pois devido a sua localização remota, o combustível para os geradores era trazido por navios, o que, além de encarecer seu custo, ainda levava um grande tempo.

Isso fazia com que as vezes as reservas da ilha se esgotassem antes da chegada do próximo carregamento. Visando acabar com essa inconveniência e todos os problemas decorrentes do uso dos combustíveis fósseis, a autoridade energética de Samoa Americana começou a solicitar ajuda para um projeto de geração elétrica sustentável para a ilha.

Foi nessa parte que entrou a SolarCity, famosa fabricante e instaladora de painéis solares nos EUA, e que foi recentemente adquirida pela Tesla Motors, empresa fabricante de carros elétricos, do empreendedor Elon Musk.

“(Eles) basicamente lançaram uma solicitação para ver se alguém poderia prover uma alternativa para o Diesel, e isso é algo a que respondemos”, disse Peter Ribe, co-fundador e oficial técnico Sênior da empresa.

A usina que alimenta a ilha Solar

Composta por exatos 5.328 módulos fotovoltaicos, a micro usina solar instalada possui 1.4MW (megawatts) de potência, o suficiente para alimentar 99% da demanda energética da ilha.

Essa energia, contudo, precisa ser armazenada para sua utilização durante a noite ou nos momentos de pouco luminosidade, como dias nublados e chuvosos.

Para isso, foram instaladas em conjunto com a usina 60 powerpacks, as baterias de armazenamento de grande escala da Tesla.

Escalonadas, as baterias garantem uma capacidade de armazenamento de 6MWh (megawatts-hora), quantidade suficiente para alimentar a ilha solar por até 3 dias sem luz do sol, e possuem tempo de recarga total de apenas 7 horas de luz solar.

A micro usina é uma das mais avançadas do mundo e, quando comparada ao antigo sistema gerador da ilha, irá trazer uma economia de 109.500 galões de combustível por ano, evitando a emissão de mais de 1.100 toneladas de CO2, de acordo com informações do departamento de energia dos EUA.

Solução viável e sustentável é chave para o futuro

Outros projetos de ilha solar já foram ou estão sendo feitos em diversos lugares. Um exemplo é o atol de Palmyra, localizado ao sul das ilhas havaianas, onde o The Nature Conservancy completou, no ano passado, um projeto solar e eólico no valor de U$1.2 milhões.

O local serve como posto científico e residência temporária para pesquisadores e, de acordo com a ONG, tem quase toda a sua energia gerada pelas fontes renováveis.

A ilha de São Cristóvão, no arquipélago de Galápagos, também está investindo em renováveis, tendo alocado 30% da sua geração elétrica para as fontes Solar e eólica.

Uma proposta de expansão já foi anunciada no começo deste ano e, se aprovada, irá impulsionar a contribuição das fontes limpas para 70%. A meta é abandonar de vez o uso de combustíveis fósseis nas ilhas do arquipélago.

A Tesla já está envolvida em outro projeto semelhante na ilha havaiana de Kauai. A usina solar, em construção, terá 17MW de potência e 52MWh de capacidade de armazenamento, de acordo com Rive.

Esse modelo de geração elétrica combinado com o armazenamento em baterias é o futuro do mercado solar, garante Rive, possibilitando que a energia do sol seja usada mesmo quando ele não está brilhando no céu.

O maior obstáculo das renováveis, tanto solar como a eólica, sempre foi o fato delas gerarem energia de forma intermitente, pois quando não há luz ou vento, sua produção é cessada.

Dessa forma, o contínuo desenvolvimento de soluções mais rápidas e eficazes para armazenamento dessa energia é a chave para a expansão das renováveis.

“Quando pensamos em sistemas solares de larga escala espalhando-se, na próxima década, nós os vemos todos tendo esses sistemas de baterias atrelados a eles”, finaliza Rive.

Fonte de informação: The Washigton Post – Fonte