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Ilhas Solares Flutuantes Podem Acabar Com a Poluição Atmosférica

Ilhas Solares Flutuantes Podem Acabar Com a Poluição Atmosférica

É fato que os efeitos do aquecimento global são uma das razões que levam governos do mundo todo a apostarem na energia solar, mas um novo projeto proposto por cientistas europeus pode transformar a maneira como ela foi usada até hoje.

Um complexo de 11,9 milhões de ilhas solares artificiais, cada uma com 100 metros de diâmetro e coberta por placas solares fotovoltaicas, que funcionariam para capturar o dióxido de carbono da água do mar e combiná-lo com hidrogênio para a formação de metanol.

Esse é o projeto apresentado por um time de cientistas da Noruega e Suíça, que pretende neutralizar todas as emissões do setor de transporte mundial através da captação do CO2 na água do mar, que se encontra 125 vezes mais concentrado do que no ar.

De acordo com os cientistas, o metanol resultante da combinação do hidrogênio da água e o CO2 presente no mar poderia ser usado diretamente como combustível ou servir como matéria-prima para produtos petroquímicos.

De acordo com os cálculos feitos pelos pesquisadores, um grupo de 70 ilhas poderia produzir 1,75 toneladas de metanol por hora, o que demandaria 170 mil desses grupos para neutralizar as emissões do transporte mundial.

Como local de instalação, os cientistas sugerem a linha costeira perto do equador, em particular na Indonésia, o norte da Austrália e Brasil, áreas com muita luz solar, ondas pequenas e poucos furacões.

Segundo os pesquisadores, se 1,5% dos oceanos do mundo fossem usados ​​para fazendas solares de metanol, eles poderiam compensar as emissões globais de combustíveis fósseis.

Do projeto para a realidade, no entanto, ainda existem muitos desafios a se superar. A eletrólise da água necessária para a obtenção do hidrogênio poderia resultar na formação de de cloro indesejado, o que poderia ser resolvido com a dessalinização da água do mar antes do processo, mas a maiores custos finais.

A extração do dióxido de carbono requereria processos de aquecimento ou acidificação da água, como a eletrodiálise. No entanto, embora todos esses custos, para ser economicamente viável cada ilha não pode custar mais que U$1,3 milhão.

Muitas questões permanecem, tais como se essas tecnologias poderiam ser combinadas da maneira sugerida pelos cientistas e qual seria o melhor design prático para essas instalações.