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Novo Aumento Na Conta de Luz, Aneel Aprova Reajuste Orçamentário de Subsídios

Novo Aumento Na Conta de Luz, Aneel Aprova Reajuste Orçamentário de Subsídios

Nem um mês se passou desde que o Ibope divulgou o resultado de uma pesquisa que mostrava que 83% dos brasileiros consideram as tarifas de energia no país como caras ou muito caras.

Pois essa porcentagem continuará subindo assim como as contas de luz dos brasileiros, que podem esperar novo aumento em suas faturas para os próximos meses.

O motivo é o reajuste do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), aprovado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no último dia 4 de setembro, no valor de R$1,937 bilhão.

Um dos 26 tributos que compõem a conta de luz, o CDE é pago por todos os consumidores e serve como custeio para programas sociais, subsídios para fontes renováveis incentivadas (eólica), custeio de geradores em regiões isoladas, entre outros.

O principal motivo do aumento é a necessidade de custear as distribuidoras da Eletrobras no Norte e no Nordeste, que o governo tenta privatizar por acumularem prejuízos e que devem custar R$ 1,4 bilhão só em 2018.

De 2016 até julho deste ano foram gastos R$ 4,3 bilhões apenas para essas empresas instalados no Acre, Amazonas, Piauí, Roraima, Rondônia e Alagoas, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Também foram adicionados ao subsídio R$ 406 milhões como garantia para a geração por usinas termelétricas em Roraima, único estado que não está conectado ao sistema elétrico brasileiro.

Roraima tem cerca de dois terços da sua energia importada da Venezuela, que ameaça cortar o fornecimento ao estado devido a problemas no pagamento do governo brasileiro, que já gera uma dívida de US$ 33 milhões.

Com isso, pode ser necessário acionar todo o parque termelétrico do estado, uma geração elétrica bem mais cara (além de poluente) e que custa aos brasileiros R$ 1,2 bilhão por ano.

Segundo estimativas da Aneel, o impacto desse aumento do CDE na conta será de 1,6% para os consumidores do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, enquanto que para o Norte e Nordeste o aumento deverá ser de 0,31%.

A alta será sentida a partir dos reajustes anuais das distribuidoras. No caso da Light e da Enel Rio (antiga Ampla), cujos aumentos foram aprovados em março, a elevação dos subsídios será repassada no próximo ano.

Com o aumento do orçamento do CDE, as taxas embutidas na tarifa de energia deverão somar R$17,9 bilhões em 2018. Desde 2014, esses tributos já tiraram R$ 70 bilhões do bolso dos brasileiros, valor equivalente a duas usinas hidrelétricas de Belo Monte.