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Com Menores Custos e Maior Avanço Tecnológico, Energia Solar fotovoltaica Deverá Liderar Expansão das Renováveis Pelos Próximos anos

Com Menores Custos e Maior Avanço Tecnológico, Energia Solar fotovoltaica Deverá Liderar Expansão das Renováveis Pelos Próximos anos

A energia solar lidera hoje o mercado das renováveis movida por preços em queda e inovações em sua tecnologia que aumentam sua eficiência e, segundo o resultado de levantamento realizado no final de 2017, essa liderança se manterá, no mínimo, pela metade da próxima década.

Realizado pela KPMG, empresa de serviços contábeis e financeiros, o relatório “Grandes expectativas: fazer negócios no setor de energia renovável”, entrevistou 200 investidores em tecnologias renováveis para traçar um mapa do crescimento dessas fontes limpas durante os próximos 5 anos.

Os depoimentos foram coletados durante o terceiro trimestre de 2017 e todos os investidores entrevistados vinham do segmento de grandes projetos elétricos movidos pelas fontes solar, heliotérmica, hídrica, biomassa e geotérmica, assim como eólica costeira e marítima (onshore e offshore).

Segundo o relatório, os preços mais competitivos da fotovoltaica e as constantes melhorias em sua tecnologia são os principais fatores que continuarão atraindo maiores investimentos para a solar e garantindo a sua liderança na corrida das renováveis.

Em 2016, por exemplo, 47% de toda a nova capacidade de geração elétrica adicionada no mundo veio dos placas fotovoltaicas, seguida pela energia eólica, com 34%, e da energia hidrelétrica, que representou 15,5%.

Um fator importante ressaltado pela KPMG, no entanto, é o papel essencial das tecnologias de armazenamento e agregamento de energia nesse futuro, as quais, segundo a empresa, são cada vez mais ponderadas pelos investidores em seus projetos, uma vez que garantem estabilidade e segurança do abastecimento da energia.

A opinião dos entrevistados, segundo o relatório, é de que 31% acreditam que os projetos elétricos com sistema de armazenamento estarão suprindo energia à rede daqui a 5 a 6 anos, enquanto 38% deles projetam esse futuro daqui os próximos 9 a 16 anos.

Política das Renováveis

Outro fator limitante para esse crescimento, segundo os entrevistados, são as políticas de apoio dos países em relação as tecnologias renováveis, que influenciam diretamente o retorno dos investimentos.

Com um cenário político estável para o desenvolvimento das fontes limpas, a Alemanha foi apontada por 60% dos entrevistados como o país desenvolvido mais atraente para financiamentos de projetos elétricos.

Já os EUA, que após a eleição do atual presidente Donald Trump viu a sua política se distanciar das fontes renováveis, foi escolhido por 43% deles como o menos favorável para novos investimentos.

A China, por sua vez, foi listada por 21% dos entrevistados como o melhor país do mundo para investimentos e destaca-se com um caso a parte, visto a quantidade de projetos que acumula a cada ano, reflexo de uma política focada na transição de sua matriz elétrica em direção as fontes limpas.

Tendo alcançado a impressionante marca de 130 gigawatts de capacidade instalada da energia solar, o país segue rumo a meta de 250 GW até o ano de 2020, o que irá exigir novos investimentos na ordem de U$ 377 bilhões.

Os países emergentes também foram destacados pelos investidores como mercados de potencial, visto que os preços cada vez mais acessíveis da tecnologia tem permitido investimentos crescentes.

México, Índia, Vietnã, África do Sul e Chile foram algumas das economias destacadas e que deverão desempenhar um importante papel na expansão das renováveis pelo próximos anos.

Segundo a KPMG, com investimos contínuos e de segmentos distintos, incluindo o de empresas de petróleo e gás natural, o fato mais assertivo é que as renováveis continuarão crescendo no mundo todo.

Fonte de Informação: PV Magazine