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Maior Usina Solar Flutuante do Brasil, na Bahia com 5 Megawatts de potência

Maior Usina Solar Flutuante do Brasil, na Bahia com 5 Megawatts de potência

Placas solares fotovoltaicas são o futuro energético cada vez mais presente no Brasil, seja sobre os telhados de casas ou empresas, seja sobre as terras secas do Nordeste ou, então, até mesmo sobre a superfície d’água de reservatórios de hidrelétricas.

É o que se vê hoje no país através da instalação de projetos pioneiros e que utilizam uma tecnologia relativamente recente do setor fotovoltaico mundial: as estruturas flutuantes.

Vistos de longe, os 7.300 módulos fotovoltaicos espalhados por uma área de 10 mil m² do reservatório da hidrelétrica de sobradinho, na Bahia, poderiam até ser confundidos com uma daquelas terríveis ilhas artificiais de plástico que se formam nos oceanos, mas na verdade são o oposto dessa poluição, é geração elétrica 100% limpa e sustentável.

Com 1 megawatt de potência de geração, a planta é parte inicial de um projeto em fase de teste e que, quando concluído, contará com mais 4 miniusinas, todas também com 1 MW de potência, a serem instaladas em 2019.

Serão no total 35 mil placas solares cobrindo uma área de 50 mil metros quadrados das águas do rio São Francisco, um projeto que custará a sua proprietária, a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), 56 milhões de reais.

Segundo José Bione, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Chesf, a usina será capaz de abastecer 20 mil casas populares quando finalizada.

Usinas solares flutuantes são um tipo recente e cada vez mais em prática para a geração centralizada de energia solar, nascido da necessidade de países com pouca disponibilidade de terras para a implantação de usinas terrestres, mas que acabou revelando-se uma ótima opção devido a vantagem que traz para o rendimento dos módulos pela proximidade com a superfície da água.

A usina flutuante da Chesf, entretanto, embora seja a maior do tipo instalada até agora no Brasil, não é a pioneira .

Em 2014, a CESP (Companhia Energética de São Paulo) comissionou o primeiro projeto do tipo no país, que foi instalado sobre as águas do reservatório da hidrelétrica de Porto Primavera, na cidade de Rosana, São Paulo.

São duas microusinas de 25 quilowatts cada, uma com placas solares tradicionais e outra de painel solar flexível, as quais ocupam uma área total de 500 m² dos 2.250 existentes no reservatório e que seguem gerando energia limpa até hoje.

Além de ajudar na necessária diversificação da matriz elétrica brasileira, essas usinas flutuantes são uma ótima opção para as hidrelétricas do país, que podem compensar a queda de sua produção devido ao baixo volume dos reservatórios e utilizando esse espaço que, caso contrário, não teria utilidade.