O mais recente estudo da empresa de pesquisa Greener sobre o mercado de energia solar fotovoltaica distribuída no Brasil foi lançado esse mês e aponta para outro grande ano da tecnologia no país.
Somente entre janeiro e março deste ano foram registrados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) a instalação de 13.559 novos sistemas, totalizando uma potência de mais de 152 Megawatts (MW).
O resultado é 128,8% maior que os 5.926 sistemas instalados entre o mesmo período de 2018, que somavam uma capacidade de pouco mais de 67,5 MW.
Quando comparado aos 381,1 MW instalados em todo 2018, as novas conexões deste trimestre representam 39,8%, sugerindo novo ano recorde para a energia solar no Brasil em 2019.
No total acumulado até março, os dados mostram uma potência de 728 MW de energia solar distribuída no Brasil, o que faz dela a campeã entre as fontes utilizadas pelos consumidores, com 84,5% dos 861 MW totais do segmento.
Residências e comércios continuam sendo os principais consumidores da tecnologia, representando 78% das novas instalações em 2019, assim como os estados campeões em número de sistemas continuam sendo Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, em primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Aumentou também a porcentagem de municípios com pelo menos um sistema conectado à rede, saindo de 55% ao final de 2018 para 61% até o último mês de março, sendo 3.390 deles espalhados pelo país.
Com o aumento dos sistemas também veio o aumento na importação dos seus equipamentos no primeiro trimestre, com 32% a mais de placas solares fotovoltaicas e 230% entre os modelos de inversores em comparação a 2018.
Esse aumento das importações de módulos e inversores pode, no entanto, representar uma corrida dos clientes diante das possíveis mudanças regulatórias a serem implantadas no segmento de geração distribuída.
Enquanto isso, o mercado cresce conforme as previsões da ANEEL, que estima 886.700 consumidores com geradores próprios até o final de 2024.