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Sua Conta de Luz Dobrou! Saiba como Diminuir a Fatura de Energia Elétrica

Sua Conta de Luz Dobrou! Saiba como Diminuir a Fatura de Energia Elétrica

Minha conta de luz dobrou! Uma exclamação comum entre os brasileiros que vivem sobre uma constante inflação energética e bandeiras tarifárias que encarecem o valor da fatura. Mas, enquanto uns preferem espremer seu consumo na esperança de uma redução, outros optam pela solução definitiva da energia solar.

“Minha  conta de luz dobrou”.

Se você alguma vez já teve esse problema, saiba que você não está sozinho.  Segundo os dados liberados pelo PROCON (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor), a conta de energia elétrica foi o quinto maior caso de reclamação dos consumidores em 2018.

Mas, enquanto muitos desses casos tratam-se de cobranças indevidas por parte da distribuidora, em outros o problema pode ser realmente um caso de consumo aliado aos preços da energia em constante inflação no país.

E a situação não é nada animadora, com o caos do setor elétrico brasileiro, que enfrenta graves crises anuais dos reservatórios e erros administrativos, o preço da energia elétrica deverá continuar subindo pelos próximos anos.

Dessa forma, os brasileiros hoje se encontram com duas  escolhas: continuar sujeito aos preços das distribuidoras e tentar ao máximo economizar no consumo de sua casas e empresas ou optar pela solução da energia solar fotovoltaica.

Através da instalação de um sistema fotovoltaico, que gera energia elétrica a partir da luz do sol, hoje é possível reduzir em até 95% o valor da conta de luz e ainda ficar imune as bandeiras ou ao aumento dos preços.

Com base na premissa acima, escrevi este artigo para ajudar você, consumidor, a escolher qual das duas opções você quer para a sua casa ou empresa, com informações sobre o setor elétrico e também sobre a tecnologia fotovoltaica. Confira!

A Conta de Luz e Suas tarifas

Nada impacta tanto os brasileiros quanto o aumento na conta de luz, são mais de 82 milhões de consumidores de energia elétrica no país, entre residenciais, comerciais, rurais, etc.

As tarifas energéticas são o que determina quanto custa um dado volume de energia consumido, quando seus preços sobem há o que chamamos de Inflação Energética.

Elas são compostas por vários fatores como Impostos, custo médio da energia das grandes usinas, Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd), Retorno sobre capital, entre diversos outros custos.

Cabe a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estipular os valores das tarifas através de Revisões Tarifárias periódicas e que variam para cada distribuidora de energia do país.

Os valores tarifários também são diferentes para cada grupo e subgrupo de consumidores, como os de Baixa tensão (Grupo B) e Alta tensão (Grupo A).

Um dos componentes que mais pesam a tarifa de energia, e que é pago por todos os consumidores, é o chamado CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).

Trata-se de um tributo utilizado pelo governo para custear geradores em regiões isoladas e também como subsídio para as tarifas mais baratas cobradas da população de baixa renda.

Somente o estado de Roraima, por exemplo, consumiu mais de R$800 milhões dos brasileiros em 2017 pelo CDE para a compra de óleo diesel.

Isso porque o estado não se encontra conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e precisa do combustível  para alimentar suas usinas termelétricas, que além de mais caras são também altamente poluentes.

A diferença de valor é gritante! Enquanto um megawatt-hora (MWh) de energia a Diesel em Roraima custa R$ 1.700, usinas solares fotovoltaicas vendem esse mesmo montante de energia a menos de R$ 300 hoje.

O custo total do CDE em 2018 foi de R$17,9 bilhões, o que sozinho gerou uma inflação média de 2,15% nas tarifas do país.

No entanto, infelizmente não é apenas o CDE que impacta os preços das tarifas energéticas que pagamos em nosso país.

Crise na Oferta de Energia

Não é surpresa que a cada ano a situação dos reservatórios fica mais grave, alastrando uma crise na disponibilidade de energia, sendo que hoje os níveis estão piores do que os da época do apagão de 2001.

No Nordeste, não fossem os investimentos em usinas eólicas feitos nos últimos anos, a sua população estaria hoje nas escuras, já que existem reservatórios com 6,15% de sua Capacidade.

E, apesar da compreensiva falta de chuvas, o governo brasileiro também merece parte da culpa ao não investir antes em fontes alternativas de energia, como a solar e a eólica.

Ou seja, a escassez de chuvas não é o verdadeiro problema, mas sim a total dependência da hidroeletricidade de nossa matriz elétrica.

Com a falta de água nos reservatórios, mais termelétricas de reserva precisam ser acionadas, elevando o custo da energia em todo o país.

A Bandeira Tarifária Vermelha Patamar II foi criada pela Aneel justamente para sinalizar esses períodos, aumentando a conta de luz dos brasileiros, em média, em 3,28%.

O mais grave é que a falta de energia em tem consequências nefastas e pode impedir que um país cresça por falta da mesma para alimentar a demanda das empresas em um eventual aquecimento econômico.

AS EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO

Além dessa crise hidrográfica, outro problema do setor que está encarecendo a conta dos brasileiros é o rombo nas contas das distribuidoras.

O problema teve início em 2013, quando a então presidente Dilma diminuiu artificialmente o preço das tarifas ao impor a Medida Provisória 579, que criou um rombo no setor de proporções absurdas.

As empresas do setor se encontram endividadas até hoje e essa dívida só tem como ser paga com o aumento da energia elétrica através das tarifas de energia que, consequentemente, aumenta a receita das distribuidoras.

Além disso, devido ao aumento do custo da energia em 2017, as distribuidoras se encontram com forte problema de caixa e a Aneel teve de recorrer a R$ 1,124 bilhão disponíveis no fundo setorial Conta de Energia de Reserva (Coner).

 

 

Soluções Para Economizar na Conta de Luz

Vemos, então, que a crise do setor elétrico no Brasil está longe de acabar e, muito provavelmente, a conta de luz continuará subindo para os consumidores.

Com isso, o uso mais consciente da energia nunca se fez tão necessário, além de contribuir para a sustentabilidade do planeta.

Confira abaixo algumas dicas que você pode adotar em sua casa ou empresa:

Para Residências

  • Substituir lâmpadas incandescentes por LED;
  • Não deixar os aparelhos conectados à tomada sem uso;
  • Use geladeiras com consumo inteligente de energia, com borracha de vedação em bom estado e não abra a porta constantemente sem necessidade;
  • Use de forma consciente o ar condicionado: mantenha o ambiente fechado e coloque sempre em uma temperatura média que não exija tanto do equipamento;
  • Tome seu banho, mas não demore demais;
  • Não deixe o celular carregando além do necessário e nem o carregador sempre conectado a tomada;
  • Não deixe o computador ligado o tempo todo, programe o modo economia de energia do monitor e sempre deixe impressoras e caixas de som desligados quando não forem usados;

Para Empresas

  • Priorize equipamentos com consumo de energia A – Selo Procel;
  • Campanhas de conscientização dos colaboradores;
  • Use Lâmpadas de LED;
  • Ar condicionado com o ambiente sempre fechado e com manutenções semestrais;
  • Aproveite ao máximo a iluminação natural;
  • Planejar a ventilação natural de forma mais ampla e inteligente (janelas e portas);
  • Sensores de presença para acender as luzes;
  • Sempre faça manutenção dos equipamentos para evitar sobrecarga de energia;

Energia Solar: Proteção Contra o Aumento Da Energia 

Mas, se reduzir o consumo não é bem o seu estilo, hoje já é fácil para qualquer consumidor no Brasil adotar a solução definitiva para a conta de luz alta: energia solar.

Quando você instala um sistema fotovoltaico, além de todos os efeitos positivos que você tem ao gerar sua própria energia, como economia na conta de luz e valorização do seu imóvel, você também colhe um efeito financeiro inverso com a inflação energética.

Suponham o seguinte caso para um sistema fotovoltaico que:

  • Gera 1.000 kWh por mês de energia, 
  • Tarifa energética da concessionária local custa R$ 0,75 reais por kWh
    Resultado = Economia de R$ 750 reais por mês (0,75 x 1000)

Com a inflação energética de:

  • 20%, a energia sobe para R$ 0,90
  • Os mesmos 1.000 kWh gerados valerão mais
    Resultado: A economia sobe para R$ 900 reais por mês! (0,9 x 1000)

Ou seja, com a alta da energia o retorno sobre o investimento no gerador de energia solar também sobe, você fica “blindando” contra esse aumento.

Faz muito mais sentido hoje investir em energia solar do que continuar pagando as tarifas energéticas atuais.

Caso as mesmas subam ainda mais, estarão protegidos dos aumentos aqueles que estiverem gerando sua própria energia.

Além de um excelente investimento, o dono do sistema solar fotovoltaico ainda contribui para o aumento do volume de geração em um país cada vez mais carente de oferta de energia.

Como Funciona a Energia Solar?

No Brasil inteiro, o tipo de sistema fotovoltaico mais utilizado é o conectado à rede, que funciona em conjunto com a rede pública da distribuidora, ou seja, a COPEL no caso do Paraná.

O funcionamento desse sistema começa pelas placas solares, que captam a luz do sol e por esse motivo precisam ser instaladas sobre os telhados das casas e empresas.

Através das várias células fotovoltaicas das quais são compostas, as placas convertem diretamente a luz em energia elétrica, por meio de um processo chamado efeito fotovoltaico.

A energia gerada pelas placas é então enviada a outro importante equipamento dos sistemas fotovoltaicos, o inversor interativo.

Considerado o cérebro do sistema, o inversor é o aparelho que converte a energia gerada pelas placas aos padrões da energia que usamos em nossas tomadas.

Após ser convertida aos padrões da rede elétrica, a energia é enviada ao quadro de força para então ser distribuída e utilizada por todo o imóvel.

Energia é algo instantâneo, ou a utilizamos na hora em que foi produzida ou então ela precisa ser enviada ou armazenada em algum lugar.

No caso dos sistemas fotovoltaicos conectados à rede, também chamados de sistemas On-Grid, a energia gerada e que não foi consumida na hora é enviada a rede elétrica e emprestada para a distribuidora.

Os sistemas geram energia pela luz do sol, dessa forma sua produção está diretamente ligada a quantidade de luz que as placas recebem.

Em momentos de pouca iluminação (começo da manhã e fim da tarde) ou durante à noite, a energia da rede é usada para compensar a pouca geração do sistema.

Ao final do mês, então, a COPEL irá calcular quanta energia foi injetada e quanta foi consumida de sua rede, informando os valores na sua fatura de luz.

Toda energia que foi injetada é transformada em créditos, que abatem a energia consumida, permitindo a você assim zerar todo o consumo da rede e obter uma economia de até 95% na sua conta.

Muito simples, não é mesmo?