Hayos Engenharia

A Conta de Luz Fica Mais Cara em Junho, Mas a Geração de Sistemas On-Grid Atinge Marca Histórica No Brasil

A Conta de Luz Fica Mais Cara em Junho, Mas a Geração de Sistemas On-Grid Atinge Marca Histórica No Brasil

O Brasil, assim como o resto do mundo, vive uma transição nos paradigmas do seu setor elétrico, trazida pelas tecnologias de geração elétrica pelo próprio consumidor, em especial os sistemas solares fotovoltaicos.

Através desses sistemas de micro e minigeração, que podem ser instalados em casas, empresas, agronegócios e até indústrias, consumidores passam de simples clientes do mercado cativo de energia para produtores dentro segmento de geração distribuída.

Dessa forma, se no primeiro cenário eles ficavam totalmente dependentes da distribuidora de sua região e os preços da energia praticados por esta, agora eles tomam para si as rédeas e geram a sua própria energia elétrica.

No último mês de maio, o Brasil registrou mais de 27.800 desses produtores de energia que, juntos, ultrapassaram a marca histórica de 250 megawatts gerados pelos seus sistemas solares fotovoltaicos On-Grid.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), esse montante representa investimentos somados de mais de R$1,9 bilhão desde 2012, ano em que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) estabeleceu as regras do segmento através da sua Resolução Normativa 482.

A resolução foi o grande marco que impulsionou o setor no Brasil, visto que ela trouxe o sistema de compensação de energia elétrica que possibilita ao consumidor instalar seu sistema, conectá-lo a rede e efetuar a troca da energia gerada pela energia consumida da distribuidora, podendo assim economizar até 95% no valor da conta de luz.

E, dentre os consumidores apostando nessa revolução e adquirindo os sistemas dentro do Brasil, os residenciais lideram a lista por longa margem, com mais de 77% do total.

Esse dado comprova a insatisfação dos brasileiros com os preços da energia elétrica praticados em todo o país, os quais ficam mais caros a cada ano.

Nesse mês de junho que se inicia, inclusive, os consumidores terão que se preparar para novo aumento do valor da energia, com a ANEEL anunciando o acionamento da bandeira vermelha de patamar II, a mais cara do sistema e que adiciona R$5 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Segundo informação liberada pela Agência, a cobrança se faz necessária devido ao baixo volume dos reservatórios da região Sul e a baixa previsão de chuvas para o mês em relação à média histórica.

Esse cenário desanimador do setor elétrico brasileiro, que não apresenta sinais de melhoras, é apontado como um dos fatores que levará mais e mais consumidores a apostarem na geração solar distribuída, com a ANEEL estimando 886.700 deles até 2024.